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Tuxmind

Migrando do KDE para o Gnome

quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Tuxmind




Quando conheci o Linux, foi o KDE o primeiro DE (Desktop Environment) que usei. Foi por mero acaso, porque a primeira distribuição que instalei, tinha o KDE como DE padrão.

Durante mais de três anos só usei o KDE, e quando usava o Gnome tinha sempre dificuldades de adaptação. O KDE era sem margem de dúvidas a minha escolha.

Mais será que o KDE é melhor? Ou será apenas tudo uma questão de hábito?

Decidi dissipar a minha dúvida de vez, instalei apenas o Gnome, e enfrentei-o frente a frente. (Usei a versão 2.20.0 do Gnome que vem instalada no Ubuntu 7.10 )

No inicio foi muito difícil, principalmente na primeira semana, mais com o tempo, fui descobrindo como fazer o mesmo que faço no KDE, e comecei a ser mais tolerante em relação as diferenças.

Estas foram as principais diferenças que mais me influenciaram durante o período de transição:


Tecla F4

Pode parecer um pormenor insignificante, mais no KDE, mais precisamente no Konqueror, quando premimos a tecla F4, ele abre uma linha de comandos na pasta actual. Isso dá muito jeito, para quem usa com frequência a linha de comandos. No Gnome não existe essa opção. tinha de abrir uma consola, e depois digitar a localização da pasta onde me encontrava no Nautilus. Mesmo usando a tecla Tab para ser mais rápido escrever a localização, é muito mais rápido premir tecla F4. Após alguma pesquisa é que descobri que no Nautilus, era necessário instalar o “nautilus-open-terminal” para que através de um clique no botão direito do mouse, aparecer um menu de contexto com a opção de abrir uma linha de comandos na pasta actual.

Editar Menu

O KDE neste aspecto é mais intuitivo. Com um simples clique com o botão direito do rato em cima do menu, aparece a opção “editar o menu”, e ver qual o comando que é executado ao abrir um programa. No Gnome é necessário usar um utilitário chamado “alacarte” (sistema > preferências > Menu principal) para editar o menu.


Karamba e gDesklets

Aqui o Gnome leva vantagem. O karamba é muito pesado, e não é tão intuitivo é fácil de usar como o gDesklets.


Konqueror vs Nautilus

Neste caso parece que o Nautilus esta mais virado para simplicidade, ele tem apenas o básico, mais com todos os recursos essenciais. No caso do Konqueror, ele está repleto de recursos, pode até ser usado como browser. Um dos recursos muito interessantes do Konqueror é a possibilidade de traduzir a página para outro idioma. A minha preferência pessoal, é sem margem de dúvidas o Konqueror.


Instalar novos temas

Neste aspecto o Gnome está melhor. basta fazer o download de um tema novo e arrastar para dentro da janela “Preferências de Aparência”. Alem disso eu achei o Gnome mais fácil de personalizar que o KDE. outro pormenor interessante é que no KDE basta clicar o botão direito do mouse, sobre uma imagem para aparecer uma opção do tipo “ Usar imagem como wallpaper”. no Nautilus é necessário instalar o “nautilus-wallpaper” para termos essa opção ou arrastarmos a imagem para a janela “preferências de aparência”.

Autorun

No KDE todos os arquivos que estão dentro da pasta /home/$USER/.kde/autorun são executados logo após o arranque do KDE.

Isto pode parecer ridículo. Mais demorei algum tempo a descobrir a pasta que faz a mesma coisa no Gnome. Só depois é que descobri que indo a “sistema > preferências > sessões” podia adicionar comandos a serem executados após o arranque do Gnome. Na pratica isso é o mesmo que usar a pasta /home/$USER/.config/autostart no Gnome.


Teclas especiais do teclado.

Aqui o Gnome também me surpreendeu. Consegui configurar todas as teclas do meu teclado com sucesso. No KDE já segui alguns tutorias para configurar essas teclas mais nunca tive sucesso.

Estes foram alguns dos aspectos que me chamaram mais a atenção após um curto período de três semanas de utilização. É claro que existiria muito mais a dizer. Mais o meu objectivo não era listar todas as diferenças, mais sim realçar que ambos têm pontos fortes, e pontos fracos.

Do meu ponto de vista tanto o KDE como o Gnome tem praticamente os mesmos recursos.

Antes quando instalava o Linux, escolhia o KDE sem vacilar. Agora é cada vez mais difícil tomar uma decisão.

A principal conclusão a que cheguei, é que não há vencedor, nem vencido. Não se trata de uma questão de superioridade, mais sim, de filosofia diferente. Cabe a cada um de nós decidir, qual deles usar, e não impor a nossa escolha pessoal aos outros.

Tags:

Linux

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